A obra de Emmanuel Nassar articula referências do universo vernacular e das tradições construtivas brasileiras. Partindo da pintura, o artista expande seus suportes para materiais como madeira, vidro, tecido, latas e chapas metálicas, incorporando fragmentos e objetos apropriados. Ao explorar o diálogo entre geometria e improviso, em que cores primárias e formas ortogonais convivem com marcas e irregularidades do cotidiano, suas composições revelam um olhar irônico sobre a ordem construtiva e uma valorização da estética da precariedade e da gambiarra. Descrito como um “artista-editor”, Nassar reordena imagens e materiais do mundo ao seu redor, conferindo-lhes novas possibilidades de significado.
Nassar realizou as mostras retrospectivas Lataria Espacial, Museu de Arte do Rio — MAR, Rio de Janeiro, Brasil (2022); EN: 81-18, Estação Pinacoteca, São Paulo, Brasil (2018); e A Poesia da Gambiarra, Centro Cultural Banco do Brasil — CCBB, Rio de Janeiro e Brasília e Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil (2003). Também destacam-se suas exposições individuais: Lataria Espacial, Museu de Arte Moderna de São Paulo — MAM SP, Brasil (2024); Este Norte, Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, Rio de Janeiro, Brasil (2012); Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães — MAMAM, Recife, Brasil (2004); Bandeiras, Museu de Arte Moderna de São Paulo — MAM São Paulo, Brasil (1998).
Emmanuel Nassar representou o Brasil na 45ª Bienal de Veneza, Itália (1993) e participou de duas edições da Bienal de São Paulo, Brasil (1998 e 1989), além de diversas edições do Panorama da Arte Atual Brasileira (1993, 1989 e 1980), Museu de Arte Moderna de São Paulo — MAM São Paulo, Brasil. Entre as demais exposições coletivas, destacam-se: I Bienal das Amazônias, Belém, Brasil (2023); Potência e Adversidade, Pavilhão Branco and Pavilhão Preto, Campo Grande, Lisboa, Portugal (2017); 8ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre, Brasil (2011); 6ª Bienal Internacional de Estandartes, Tijuana, México (2010); Fotografia Brasileira Contemporânea, Neuer Berliner Kunstverein, Berlim, Alemanha (2006); Brasil +500: Mostra do Redescobrimento, Fundação Bienal de São Paulo, Brasil (2000); 6ª Bienal de Cuenca, Equador (1998); U-ABC, Stedelijk Museum, Amsterdã, Holanda (1989); 3ª Bienal de Havana, Cuba (1989).
Suas obras integram coleções institucionais como Fundación Cisneros, EUA e Venezuela; Essex Collection of Art from Latin American, Reino Unido; Suermondt-Ludwig-Museum, Alemanha; Museu de Arte Moderna de São Paulo — MAM São Paulo, Brasil; Museu de Arte de São Paulo — MASP, Brasil; Museu de Arte do Rio — MAR, Brasil; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro — MAM Rio, Brasil; Museu de Arte Contemporânea de Niterói — MAC Niterói, Brasil.