O trabalho de Adriana Varejão revisita e tece críticas sobre o passado colonial do Brasil por meio de pinturas e esculturas que reposicionam suas fissuras e cicatrizes no presente. A artista se apropria tanto da iconografia como de elementos da arquitetura que correspondem ao barroco brasileiro e a seus desdobramentos, com atenção especial à azulejaria portuguesa, que aqui se difundiu no período em questão.
Bidimensionalidade e tridimensionalidade são mescladas em trabalhos que não apenas revelam intensa investigação sobre a história brasileira, mas visitam tradições pictóricas de outros territórios, como a China, por exemplo – presente em obras que citam suas pinturas de paisagem e sua arte da cerâmica.
Desde a década de 1990, sua obra tem alcançado instituições internacionais, sendo exposta em espaços como a Tate Modern em Londres e o MoMA em Nova York, além de participar de diversas Bienais de São Paulo.
Varejão possui trabalhos em acervos de importantes instituições como Metropolitan Museum of Art (MoMA), Nova York; Solomon R. Guggenheim Museum, Nova York; Tate Modern, Londres; Fondation Cartier pour l’art Contemporain, Paris; Inhotim Centro de Arte Contemporânea, Brumadinho; Museu de Arte Moderna de São Paulo e o Museu de Arte do Rio.
Sua notoriedade se expande das exposições para as premiações. A artista ganhou a Medalha de Chevalier de l’Ordre des Arts et des Lettres, do governo francês; o Grande Prêmio da Crítica na categoria Artes Visuais da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e o prêmio Mario Pedrosa (artista de linguagem contemporânea) da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA).